Marrom Bombom

Histórias escatológicas quase sempre verídicas, lendas urbanas potenciais e situações necessariamente constragedoras. Merda acontece! Se você tem uma boa história de cocô e quer espalhá-la por aí, mande para nós. Teremos prazer em jogá-la no ventilador (historiasdecoco@gmail.com).

16 dezembro 2006

Já é Natal no Histórias de Cocô!

*
O Natal está chegando e com ele Mr. Hanky, a encarnação do espírito natalino, que vem trazer alegria, paz e harmonia aos corações e intestinos dos seres humanos.

Pra quem ainda não conhece, Mr. Hanky é um côco de Natal, personagem da série South Park. Em 1999, o desenho ganhou um longa-metragem, "South Park: Maior, melhor e sem cortes", musical em que uma das músicas é um cântico natalino interpretado por Mr. Hanky.

Confiram!

13 dezembro 2006

Peido causa pouso de emergência

Confira aqui. Em inglês.

uma imagem vale mais que mil palavras

04 dezembro 2006

No aeroporto

Essa história foi mandada pela Antônia, leitora do nosso blog. Ela garante que esse caso não aconteceu com ela e que é uma lenda da internet. Sei...
Bom, a autoria não importa tanto. O importante é que a história é boa. Confiram:



Aeroporto Ezeiza, Buenos Aires, 15:30.

Pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma boa urinada e um flato não aliviasse. Mas, atrasado para pegar o ônibus que o levaria para o outro aeroporto da cidade, de onde partiria o vôo para Córdoba, resolveu segurar as pontas. “Afinal de contas, são só uns 15 minutos de viagem. Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta”. Tranqüilo. O avião só sairia às 16:30.

Entrando no ônibus, sem sanitários, sentiu a primeira contração e tomou consciência de que sua gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do outro
aeroporto.

Virou para o amigo que o acompanhava e, sutil, falou: “Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro”. Nesse momento, sentiu um urubu beliscando sua cueca, mas botou o esfíncter pra trabalhar e este segurou a onda. O ônibus nem tinha começado a andar quando para seu desespero, uma voz em castelhano disse pelo auto-falante: “Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levara em torno de 1 hora”. Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo! Fez um esforço hercúleo para segurar o trem de merda. O alivio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado. Tentava se distrair vendo a paisagem, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário. Tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico, então: branco, macio, com textura, perfume e - ops! - sentiu um volume almofadado entre a bunda e o assento do ônibus e percebeu, consternado, que havia cagado.

Um cocô firme daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor. Daqueles que da vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los apreciar, tão perfeita obra. Mas sem duvida, não nesse caso.

Olhou para o amigo, procurando um pouco de solidariedade, e confessou serio:
- Cara, me caguei.
Quando o amigo parou de rir aconselhou-o a ficar no centro da cidade, escala que o ônibus faria no meio da viagem, e que se limpasse em algum lugar. Mas ele resolveu que ia seguir viagem, pois agora estava tudo sob controle.

“Foda-se, me limpo no aeroporto”, pensou, “pior que isso não dá pra ficar”.
Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Ele arregalou os olhos, segurou-se na cadeira, mas não pode evitar e, sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de cocô. Desta vez como uma pasta morna. Foi merda pra todo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cuecas, barra da camisa, pernas, panturrilhas, calças, meias e pés. E mais outra cólica anunciando mais
merda, agora líquida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo à liberdade. E depois um peido tipo bufa, que ele nem tentou segurar, afinal de contas o que era um peidinho pra quem já estava todo cagado? O peido seguinte foi do tipo que pesa e lá veio a quarta carga.

Lembrou-se de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou com as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo, levou metade dos pelos do cu
junto. Mas era tarde demais pra apelar pro absorvente. Tinha botado tanta merda que nem uma bomba de cisterna ajudaria a limpar a sujeirada. Finalmente chegou ao aeroporto e saindo apressado, com passos curtinhos. Suplicou ao amigo que apanhasse sua mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que ele pudesse trocar de roupas. Correu pro banheiro e entrando de box em box,
constatou a falta de papel higiênico em todos os cinco. Olhou para cima e blasfemou:



“Agora deu, né?” Entrou no último, sem papel mesmo, tirou a roupa toda para analisar a situação e esperar pela mala da salvação com roupas limpinhas, cheirosas e com elas um tanto de dignidade no seu dia. Seu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o check in e ia correndo tentar segurar o vôo. Jogou por cima do box o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto. Ele tinha despachado a mala com roupas. Na mala de mão só tinha um pulôver de lã gola "V".

A temperatura em Buenos Aires era aproximadamente 35 graus. Desesperado, começou a analisar quais de suas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis. As cuecas foi logo jogando no lixo. A camisa era história. As calças estavam deploráveis e assim como as meias tinham mudado de cor. Seus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10 Teria que improvisar. A necessidade é mãe da invenção, então ele transformou uma simples privada em uma magnífica maquina de lavar. Virou a calça do lado avesso, segurou-a pela barra, e mergulhou a parte atingida na água. Começou a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para viajar. Saiu do banheiro e atravessou o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meia, calças do lado do avesso sujas, molhadas da cintura ao joelho, e o pulôver gola "V" sem camisa. Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarcou no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o “rapaz que estava no banheiro” e atravessou todo o corredor até o seu assento, ao lado do amigo que sorria. A aeromoça aproximou-se e
perguntou se precisava de algo. Ele chegou a pensar em pedir uma gilete para cortar os pulsos ou 130 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa, mas decidiu não pedir: “Nada, obrigado, eu só quero esquecer este dia de merda”.

03 dezembro 2006

Escatologia subliminar – a verdade está lá fora

Muita gente tem nos perguntado o porquê de um blog escatológico. Acho que já é hora de explicar.

Numa mesa de bar, tratávamos de músicas e outras obras de arte com conteúdo subliminar, quando alguém lembrou que a canção Marrom Bombom, um pagode de 1995, contava, na verdade, a história de um amor coprofílico numa praia carioca.

Segundo o atento ouvinte, a música faria uma associação subliminar de praias poluídas, banhos de mar em línguas negras de esgoto e práticas coprofílicas nos momentos mais íntimos do casal apresentado na canção. Protestos generalizados no bar. Mas reparem bem na letra da música:

“Na areia nosso amor
No rádio o nosso som
Tem magia nossa cor
Nossa cor marrom
Marrom bombom, marrom bombom”

A música, de fato, retrata um casal, todo amarronzado de cocô, se amando num motel barato, uma estação de rádio popular ao fundo, depois de um dia de curtição romântica na praia de Botafogo, Ramos ou, mais apropriadamente, da Moreninha.

Sobrou até para o bonequinho dos Biscoitos Globo. Ainda segundo o ouvinte, praia e cocô têm mesmo tudo a ver. Para quem não conhece, os biscoitos Globo são um clássico das praias cariocas. Ícone de tosquitude, trata-se de um típico boneco-palito, com uma enorme cabeça de globo terrestre e chapéu coco (!!!). Nas mãos do personagem, dois biscoitos de polvilho são passados na cara (a idéia não era comê-los?) enquanto gotas de suor são expelidas do boneco supostamente devido ao calor escaldante do verão no Rio.

O mascote dos Biscoitos Globo teria inaugurado, assim, a onda de coprofilia (fágica, no caso) em praias, sendo os biscoitos passados na cara nada menos do que fezes recolhidas em meio à poluição das praias cariocas.

O boneco dos biscoitos Globo, portanto, é um coprófilo. De fato, olhem com atenção, ele tem mesmo cara de quem come cocô.



‘Marrom bombom’, portanto, representaria apenas mais uma etapa desta tradição velada que mistura praia e merda.

Quase todos já convencidos disso e o último discordante capitulou.

“Qual o nome do grupo que gravou Marrom Bombom?...
“...Os Morenos!”

Diante de tudo isso, ainda resta alguma dúvida?
Contra flatos não há argumentos.


Os Morenos, "Marrom bombom".
Nossa próxima música...

haicai


-Cagou hoje?
-?
-Se não cagou é bom cagar, porque depois que eu entrar aí, só vou sair depois de uma semana...

01 dezembro 2006

Na saída da escola

É no universo familiar, no seio daquela primeira célula de sociabilidade, que aprendemos e repetimos grande parte dos padrões a serem seguidos pelo resto de nossas vidas. E, naturalmente, não haveria de ser em outro lugar onde encontraríamos as mais profundas experiências coprofílicas (fágicas, maníacas, etc...). Aqui faço compartilhar um episódio gerado no coração de minha família.
Tio Nelson, na época ainda um rapaz tímido, magrinho, comprido, tinha como tarefa buscar sua irmã na saída da escola. Menina levada, Nenê não havia se comportado bem durante o dia e, sem que soubesse o pobre e calado Nelson, teria que ficar de castigo depois da aula. O franzino e resignado Nelson não tinha seus intestinos nos seus melhores dias e, tendo que esperar mais do que o normal, começou a sentir cada vez mais vorazes as reivindicações de suas vísceras.
Eis que, com atraso considerável, Nenê sai da escola e encontra Nelson com uma coloração peculiar e já suando frio. Sem dizer palavra, Nelson sobe na bicicleta e espera, ansioso, Nenê subir na garupa. Começa a mais longa viagem da sua vida. Já nas primeiras pedaladas, a umidade, que antes era apenas uma ameaça, se precipita pelo tergal de suas calças, atingindo as barras, e em pouco tempo todos os transeuntes puderam notar serem lançados ao ar, em movimentos parabólicos e espirais, volumes generosos da mais pura merda, fresquinha, recém-produzida naquele corpo delgado. Em flagrante desespero e talvez imaginando abreviar o sofrimento e exposição moral, Nelson se põe a pedalar cada vez mais rápido, fazendo com que o frenético arremesso de fezes ao ar se transformasse num verdadeiro espetáculo circence. Ao chegar em casa, Nelson já pesava a metade do que quinze minutos antes e Nenê se esvaía em urina de gargalhadas.
Nelson jamais reclamou. Nenê nunca se desculpou.