Marrom Bombom

Histórias escatológicas quase sempre verídicas, lendas urbanas potenciais e situações necessariamente constragedoras. Merda acontece! Se você tem uma boa história de cocô e quer espalhá-la por aí, mande para nós. Teremos prazer em jogá-la no ventilador (historiasdecoco@gmail.com).

02 outubro 2007

Chá de sene e amor gostoso

contribuição de nossos leitores

Isoldinha, como toda gatinha carioca da Zona Sul, é uma moça cheia de neuroses com o corpo. Ela sempre está antenada com as novidades do mundo das dietas, fazendo exercícios e tentando toda sorte de pajelanças pra perder uns quilinhos que só ela enxerga. Isoldinha, da mesma forma, é extremamente gulosa e se rende facilmente aos prazeres gastronômicos e etílicos.

Um dia, nossa querida personagem exagerou um pouco no almoço colocando duas ervilhas a mais no prato e ficou com peso na consciência. Sem pensar duas vezes, passou no Mundo Verde mais próximo e saiu de lá com um saquinho de chá de sene.

Chegando no escritório, preparou o chá com todo o conteúdo da embalagem e apenas um copo d’água, pra ficar bem forte e dar resultado. Bebeu tudo de um gole só, porque dizem por aí que, no caso de chás emagrecedores, quanto mais rápido, melhor. Bebido o chá, voltou ao batente.

Acontece que, a essa época, Isoldinha estava no início de um romance com um gatinho. Tristão, o sortudo da vez, resolveu ligar justo naquele dia. Isoldinha ficou com medo de recusar e perder a chance... afinal, o mercado está em recesso e camarão que dorme, a onda leva. No fim do dia, Tristão buscou Isoldinha, toda bonitona em seu microvestido super tendência, e foram os dois para um choppinho seguido de um motelzinho.

Uma vez no cinco letras, no meio dos trabalhos, Isoldinha começou a sentir cólicas fortes. A barriga tremia e Isoldinha suava. Maldito chá de sene, fazendo efeito quando não deve!

E agora??? Isoldinha procurou ficar em uma posição mais segura. Só achou o papai e mamãe, MAS NÃO ADIANTOU. Ela sentiu que estava chegando na portinha e ele chegando lá... Não dava pra parar. E nem pra segurar. Enfim... os dois chegaram juntos a seus destinos, só que por uma pontinha de sorte o cocô nem foi aquele grande e sólido, e sim uma coisinha discreta, do tamanho de um suspiro. Tristão nem percebeu. Terminado o trabalho, nosso herói foi ao banheiro para se limpar e ela foi olhar o estrago. Um borrão enorme no lençol.

Isoldinha amassou o lençol e jogou bem distante da cama e ficou em uma posição gloriosa, a la Marilyn Monroe no veludo vermelho, esperando Tristão liberar o banheiro. Ni qui ele sai, nossa protagonista entrou correndo no chuveiro e passou cerca de vinte minutos lá dentro com a água aberta na temperatura mais quente para tentar tirar as impurezas. Quando ela volta pro quarto, percebe que o cheirinho do suspiro havia impregnado todo o ambiente.

Tristão não disse nada, mas quando foram embora, ele disse nossa, foi tão bom que o lençol foi parar longe...

Voltamos!

Depois de quase um ano fora do ar estamos de volta renovados, com várias histórias presas, prontinhas para serem liberadas.

Uma questão, no entanto, precisa ser esclarecida antes: no banheiro, é preciso lavar as mãos antes ou depois? Essa é uma questão quase filosófica que Rogério Skylab nos faz e da qual não podemos escapar...

Confiram: