Marrom Bombom

Histórias escatológicas quase sempre verídicas, lendas urbanas potenciais e situações necessariamente constragedoras. Merda acontece! Se você tem uma boa história de cocô e quer espalhá-la por aí, mande para nós. Teremos prazer em jogá-la no ventilador (historiasdecoco@gmail.com).

01 dezembro 2006

Na saída da escola

É no universo familiar, no seio daquela primeira célula de sociabilidade, que aprendemos e repetimos grande parte dos padrões a serem seguidos pelo resto de nossas vidas. E, naturalmente, não haveria de ser em outro lugar onde encontraríamos as mais profundas experiências coprofílicas (fágicas, maníacas, etc...). Aqui faço compartilhar um episódio gerado no coração de minha família.
Tio Nelson, na época ainda um rapaz tímido, magrinho, comprido, tinha como tarefa buscar sua irmã na saída da escola. Menina levada, Nenê não havia se comportado bem durante o dia e, sem que soubesse o pobre e calado Nelson, teria que ficar de castigo depois da aula. O franzino e resignado Nelson não tinha seus intestinos nos seus melhores dias e, tendo que esperar mais do que o normal, começou a sentir cada vez mais vorazes as reivindicações de suas vísceras.
Eis que, com atraso considerável, Nenê sai da escola e encontra Nelson com uma coloração peculiar e já suando frio. Sem dizer palavra, Nelson sobe na bicicleta e espera, ansioso, Nenê subir na garupa. Começa a mais longa viagem da sua vida. Já nas primeiras pedaladas, a umidade, que antes era apenas uma ameaça, se precipita pelo tergal de suas calças, atingindo as barras, e em pouco tempo todos os transeuntes puderam notar serem lançados ao ar, em movimentos parabólicos e espirais, volumes generosos da mais pura merda, fresquinha, recém-produzida naquele corpo delgado. Em flagrante desespero e talvez imaginando abreviar o sofrimento e exposição moral, Nelson se põe a pedalar cada vez mais rápido, fazendo com que o frenético arremesso de fezes ao ar se transformasse num verdadeiro espetáculo circence. Ao chegar em casa, Nelson já pesava a metade do que quinze minutos antes e Nenê se esvaía em urina de gargalhadas.
Nelson jamais reclamou. Nenê nunca se desculpou.

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