Marrom Bombom

Histórias escatológicas quase sempre verídicas, lendas urbanas potenciais e situações necessariamente constragedoras. Merda acontece! Se você tem uma boa história de cocô e quer espalhá-la por aí, mande para nós. Teremos prazer em jogá-la no ventilador (historiasdecoco@gmail.com).

28 novembro 2006

Entrou pelo cano

Aconteceu em Niterói, lá pelos anos idos de 95. Era início da faculdade. A turma de calouros faria o primeiro churrasco e a expectativa com o evento era grande. Piscina, tensão sexual no ar e muita, muita carne, caipirinha e cerveja. O churrasco foi num sábado de manhã, conveniente para o Daniel que precisava estar de volta em casa cedo.

A coisa foi tão boa que às 2 da tarde ele já estava completamente bêbado. Caiu dentro do churrasco, da cerveja, dos destilados e obviamente não pegou ninguém. No início da noite, um anjo da guarda deixou nosso amigo na porta do prédio e foi embora. Era só Daniel pegar o elevador e estaria são e salvo em casa. Mas a vontade de mijar, cagar e principalmente vomitar não o deixava em paz. Ao invés de ir direto pra casa, Daniel entrou trôpego pela garagem. Procurou o quarto do zelador do prédio, que tinha um banheirinho providencial para se aliviar antes de subir. Aproveitando a privacidade, Daniel tratou de ficar à vontade, tirou o tênis, abraçou a privada e botou os bofes pra fora. O banheiro ficou todo vomitado. Pedaços de carne mal mastigados e espuma de cerveja se misturavam com restos de molho à campanha. Fora o porre em si e o mal estar provocado pelo esforço de vomitar, tudo caminhava bem. O problema é que com toda aquela bebida, o relaxamento dos esfíncteres e a força física empregada, Daniel acabou se cagando. E não cagou pouco. Já sem o perfeito domínio do juízo e dos intestinos, tirou a calça e avaliou o tamanho do estrago. Não dava pra chegar em casa naquelas condições. Era preciso dar um jeito na situação. Era preciso acabar com o problema. Com a lógica peculiar dos bêbados, resolveu o caso livrando-se dele. Pegou a calça e a cueca cagadas, jogou tudo na privada, deu descarga e foi embora, com a maior naturalidade.

Pegou o elevador na garagem, só com meias e a camisa salpicada de vômito. Chegou em casa disfarçando o hálito para não dar bandeira, onde só então se lembrou de por que tinha que voltar para casa. Foi recepcionado pela avó, que fazia aniversário e comemorava com toda a família reunida.

* * *

A história não termina aqui. O banheiro do zelador foi encontrado no dia seguinte em petição de miséria. A calça e a cueca evidentemente não desceram pela tubulação e entupiram o encanamento. Os pedreiros que quebraram o lugar logo descobriram o que obstruía o cano. Na calça cagada foram encontradas chaves de casa e a carteira do autor do crime, com todos os seus documentos. Não bastasse a vergonha em família, Daniel ficou famoso no prédio inteiro e seus pais tiveram que pagar a conta das obras no banheirinho.

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