Marrom Bombom

Histórias escatológicas quase sempre verídicas, lendas urbanas potenciais e situações necessariamente constragedoras. Merda acontece! Se você tem uma boa história de cocô e quer espalhá-la por aí, mande para nós. Teremos prazer em jogá-la no ventilador (historiasdecoco@gmail.com).

29 novembro 2006

o tiro que saiu pela janela

Adriana estava toda feliz porque ia no churrasco da sua turma da faculdade. Sabia que Rafael, o carinha que ela era a fim estaria lá e seria uma grande oportunidade de finalmente rolar alguma coisa. Chegou lá, encontrou os amigos, conversou, dançou, se divertiu, bebeu, bebeu e bebeu mais. Quando a cerveja acabou, Adriana não teve dúvidas, caiu dentro do tal suco Gummy... só que Dri era fraquinha fraquinha, coisa de menina nova, não estava acostumada a beber destilados. Quanto mais misturar com cerveja churrasco, para dar aquela fermentada do mal.

Lá para as tantas, o mundo rodopiava a sua volta, quando surge Rafael falando: vou embora, quer uma carona (o evento era em Itaipu e ambos moravam no mesmo bairro da Zona Sul)? Dri, sem saber se sorria ou se chorava, porque àquela altura já se sabia estar absolutamente imprestável para qualquer coisa que não fosse chapar ou passar mal, aceitou sem esboçar qualquer reação. Entrou no carro do cara e veio dormindo a volta toda, seguramente babando no canto da boca.

Quando chegou à porta de seu prédio, Rafa, um cara gente fina, ajudou a garota a descer do carro para levá-la até a portaria. Só que ela, ao ficar de pé na frente dele, respondeu à pergunta: "Adriana, você está bem, ou quer que eu te leve na porta de casa?" caindo sentada no chão, igual àquele duplo twist carpado que a Dayane dos Santos faz... com as perninhas retas, dura igual a uma jaca madura.

À vista desta situação E SEM PODER LARGAR O CARRO ABERTO EM FILA DUPLA, importante ressaltar, Rafael chama o porteiro do edifício da moça para ajudá-la a subir até sua casa (incrível como os porteiros sempre se fodem... vou perguntar pros que eu conheço algumas histórinhas pra postar aqui). E obviamente, Rafa passou a bola para Severino, que não teve dúvidas do alto de seu 1,58 e laçou Adriana nos braços curtos, porém fortes. Adriana tem mais de 1, 70 com certeza, o que dá pra visualizar como algo no mínimo desproporcional.

Na porta de casa, ele deixa a moça em pé, toca a campainha e sai correndo pelas escadas, para não se comprometer. Adriana é recepcionada pela avó (sempre elas, rs...), que apenas fala: "pegou briga na rua, foi?".

Adriana, na estranha lógica dos bêbados, entra no seu quarto e chapa de roupa e tudo para evitar piorar a situação. Até ali chegara ilesa. Nenhum chamado de raul, nenhuma prospecção de petróleo anal, nada, nada, tudo limpinho... até que de repente vem! Bastou deitar para o mundo girar. E consequentemente lhe subiu aquele amarguinho pela goela. Só teve tempo de puxar um saco que casualmente estava ao alcançe de sua mão. O "raul" veio em grande estilo, ali no saquinho (prática comum para viajantes de ônibus e avião). Só que Dri, com vergonha de sair do quarto com o saquinho de vômito e cruzar com seus pais e avó na sala... não teve dúvidas, abriu a janela de seu quarto e jogou o saquinho sem dó nem piedade. Voltou para a cama e dormiu.

No dia seguinte, sem lembrar direito o que ocorrera, abriu a janela e viu a prova de seu crime, um saco de vômito espatifado sobre a marquise de seu prédio. Adriana se indagara ainda se alguém teria sido respingado por seu vômito. E pôs-se a rir, como uma boa sociopata que era.

6 Comments:

Postar um comentário

<< Home